Na frase em que a senhora expressou o motivo de aceitar praticar a Castidade Masculina com o seu marido, fica claro para nós que foi ele quem deu a ideia, que a iniciativa partiu dele. Além disso, diz que foi aos poucos, depois de implorar para que a senhora não se divorciasse dele. Com isso, pergunto:
1) Mesmo a senhora tendo dito que teve uma "formação moral de esposa obediente" e que "se assustou no início" (quando ele revelou seus fetiches a primeira vez), agora, olhando para trás, e para si mesma, consegue se auto analisar e dizer se a senhora já tinha uma inclinação (ou certa tendência) reprimida em ser uma esposa dominadora (mesmo antes de seu marido dar a ideia de ser trancado em castidade), ou o prazer e a vontade de dominá-lo só surgiram mesmo depois que a senhora passou a saber que existia o fetiche da Castidade Masculina (transformou-se de submissa para dominadora graças às 'revelações' do Jr)?
2) Por que houve a primeira desistência em dominá-lo? O que faltava para que a senhora mantivesse o ímpeto de dominá-lo com a Castidade, sem desistir nenhuma vez?
Resposta para 1 e 2) Bem caro Squal, mesmo antes de saber dos "desejos" do meu marido, fomos a um sex shop e compramos um vibrador, que eu particularmente não gostava que fosse usado em mim. Um dia, coloquei meus dedos próximos ao ânus dele e ele se contorceu. Aos poucos, fui colocando o dedo e poucas semanas depois, já estava usando o vibrador nele rss. Um dia, apertei as bolas dele e ele mostrou satisfação, achei estranho, mas continuei fazendo isso várias vezes. Já usávamos amarras, mas não da maneira que usamos hoje. Eu não compreendia bem, o que tudo isso significava para mim. Confesso, que cheguei a ter dúvidas sobre a masculinidade dele, tudo isso era muito novo pra mim. Como eu não tinha nenhuma informação sobre BDSM, Fendom, Castidade e etc, era tudo muito estranho.
Quando ele se abriu e me contou a verdade, fiquei congelada. Ele me enviou um e-mail no trabalho, pois não conseguia falar pessoalmente. Naquele dia, meu cérebro deu um nó.
Chegando em casa, conversamos e eu disse que tentaria, mas que se não conseguisse, iriamos parar.
Por várias vezes tentamos, sem o uso da Castidade Controlada e o resultado foi desastroso. Eu desanimava, porque descobria que ele ainda falava com outras mulheres em chats e continuava se masturbando incansavelmente. Sem contar, que a "culpa" me atormentava. Eu me sentia usada, como se estivesse cometendo um crime. E ele ficava forçando para que as sessões acontecessem. Chegou até a marcar datas. Eu, na minha cabeça, perguntava: Quem manda em quem aqui?
Após alguns anos, iniciamos a castração hormonal. Mas eu não me sentia segura, sem contar, que as crianças percebiam a quantidade de remédios que o pai estava tomando (ele nunca toma nada). E andei lendo sobre isso e ví que existe aumento das chances de câncer de próstata. E continuava com as dúvidas sobre a opção sexual dele. Eu não entendia, como não conseguia sentir prazer no sexo comigo (sentia, mas era muito diferente, das sessões), mas sentia prazer em dar a bundinha (ele ficava mais carinhoso e feliz)
Desisti de tudo e voltamos a ter uma vida baunilha. Foi horrível, ele ficou insuportável e eu infeliz.
Aos poucos, fui compreendendo, que eu também sentia falta das sessões.
Conversamos e voltamos para mais uma tentativa. Me soltei mais e percebi, que durante a sessão, eu ficava completamente excitada com o poder exercido sobre ele. E com muita conversa, me convenci de que ele não tinha dúvidas sobre sua opção sexual. Ele me apresentou aos cintos de castidade e adquirimos um.
Respondendo o final da sua pergunta, fui criada para ser submissa ao meu marido, mas descobri, que realmente havia nascido para dominar.
3) A depressão relatada foi causada em grande parte por causa dos hábitos de masturbação e sessões de dominação virtual que ele fazia, ou foram os "outros problemas" que foram a maior causa da motivação para o divórcio? (não precisa dizer quais são esses "outros problemas" se não quiser, basta dizer se era a masturbação dele a principal motivadora para a sua decisão pelo divórcio).
Resposta: Para ser muito sincera, o casamento no início foi uma grande desilusão, e eu chorava muito. Não o culpo pela minha depressão em 100%, mas houve uma participação. É muito difícil, para uma mulher que era assediada por muitos homens, não se sentir amada pelo próprio marido, que preferia sair com os amigos, á dar atenção a esposa. Sem contar a masturbação e as salas de bate papo.
A senhora agradece pela existência do blog CMC e afirma que ele foi um 'novo começo' para a senhora.
4) No SEU caso (e que fique bem claro isso), pode-se afirmar que a Castidade Masculina salvou seu casamento, ou isso é um exagero?
Resposta: No nosso caso, SIM, a Castidade Masculina ajudou e muito a salvar meu casamento. Ela dá a segurança para a mulher, de que o marido não saíra da linha, pois ela possui as chaves. E eles mudam muito, quando estão sob domínio. São verdadeiros cordeirinhos obedientes e amorosos. Sem isso, não haveria mais casamento.
No relato, a senhora disse que se identificou muito com a Cris, personagem principal da Saga de Beto. Aproveitando essa deixa, pergunto:
5) Em que capítulo exatamente ela (Cris) se mostrou mais parecida com a senhora, ao ponto de fazê-la pensar: "Essa sou eu", e por quê?
Resposta: Parte 1, 6, são as partes em que mais me identifiquei. A tristeza de saber sobre a masturbação, sentir-se incompetente, incapaz. E o 6, por descobrir que o poder estava em minhas mãos, no meu caso, no meu pescoço, numa gargantilha. E o quanto eu posso provoca-lo com fotos e palavras, é delicioso.
TEMA B) Rotina de Castidade
Considerando esse trecho do seu depoimento "Mando fotos para ele durante o dia, provoco bastante e adoro saber que ele esta sentindo dor kkkk", pergunto:
6) De 1 a 10 qual grau de importância que a senhora dá para a necessidade de manter o marido atiçado dessa forma? (explicando: 1: nada importante > 2 > 3 > 4 > 5: tanto faz > 6 > 7 > 8 > 9 > 10:absolutamente necessário).
Resposta: 10
7) Além de mandar fotos, de que outras formas a senhora mantem o tesão dele sempre em alta, para deixá-lo mais atencioso e obediente?
Resposta: Bom, eu esvaziei a gaveta de cuecas dele e substitui por calcinhas fio dental lindas e sexy. Envio fotos de partes do meu corpo e das chaves, temos conversas picantes durante o dia. Após as sessões de BDSM, costumo colocar um OB no ânus dele, para que não fique vazando lubrificante e ao mesmo tempo, para que ele lembre da sua dona, todas as vezes em que sentar. Em casa, eu o provoco o tempo todo, principalmente, quando ele não pode fazer nada. kkkkk
Foto real do casal:
8) Qual foi o maior período até agora em que seu marido já ficou preso em castidade?
Resposta: No passado, chegou a ficar aproximadamente 30 dias, porque havíamos comprado um CB6000 e a higiene dele é horrível. No momento, ele esta desde 12/10 e só foi solto para higienização e brincadeirinhas, mas sem gozo. Somente para esvaziar a próstata com o orgasmo frustrado. kkkk delicia
9) Alguma vez ele já se rebelou contra estar preso? Se sim, o que a senhora fez pra reverter a situação e pôr o JR em seu devido lugar de obediência novamente?:
Resposta: Eu tenho sorte, de ter um escravo extremamente submisso. Por este motivo, ele nunca se rebelou, apenas pede, implora, faz chantagem emocional. Para coloca-lo no seu lugar, eu sempre lembro de que foi ele quem deu a idéia da castidade e informo que não vou faze lo gozar de forma alguma. Se ele quiser, eu deixo a chave com ele e ele vai se virar sozinho, voltando a se sentir culpado e chato. Ele sempre aceita.
10) Como opção ao orgasmo pleno, a senhora costuma aplicar nele alguma técnica de alívio sexual entre as diversas formas mencionadas no blog?
Resposta: Eu faço o orgasmo frustrado e sessões de BDSM, onde estimulo a próstata dele internamente com strapon, consolos e fisting. O que para mim, é muito mais gostoso.
No capítulo 18 da Saga de Beto (o mais lido da série, segundo as estatísticas do Blogger), Cris determina que seu marido, agora submisso Beto, assine um contrato erótico no qual fica firmada por escrito as condições da relação D/s entre ele e sua Dona.
11) A senhora e seu marido chegaram a montar e assinar algum contrato no contexto femdom?
<<Se a resposta for sim>>: O que motivou a fazer esse contrato?
<<Se a resposta for não>>: Por que não fizeram um contrato, por falta de ânimo pra fazer, ou por achar desnecessário, ou outro motivo?
Resposta: Ainda não assinamos. Porém, após conversarmos bastante, achamos necessário faze-lo e estamos providenciando.
Foto real do pezinhos da Rainha Soberana:
TEMA C) Outras práticas relacionadas com a Castidade Masculina
Pelo relato podemos identificar duas práticas que a senhora desenvolve com seu marido JR: Castidade (óbvio, rsrsrs) e Inversão (uau!!).
12) Além dessas, que outras "maldades", (como a Cris faz com o marido felizardo), a senhora pratica com seu marido-escravo JR? Qual dessas "maldades" é a sua preferida?
Resposta: Minha maldade preferida é coloca-lo imóvel na cama, com amarras e mordaças e comer o rabinho dele, até não restar mais nenhuma gotinha na próstata dele. kkkkk A outra é faze-lo de empregadinha, enquanto eu passeio para relaxar. kkkkk
Outra frase que me deixou muito satisfeito de ler foi essa: "[eu estou] ... muito feliz em manter meu sub preso na sua jaulinha e disposto a me servir, sempre que eu quero". Posso afirmar que essa é a principal finalidade e o maior fundamento da Castidade Masculina: a Primazia da Mulher (como ensino em meu Manual de Castidade Masculina para Mulheres). Diante disso, pergunto:
13) Quais são exatamente as tarefas que JR tem de fazer para que a senhora se sinta plenamente servida por ele?
Resposta: Ele tem que me satisfazer sempre que eu quiser, seja sexualmente (com a lingua) ou através de tarefas diarias (cozinhar, lavar louça, roupa, etc). Comprar coisas que eu solicito. Só sair se eu permitir. Só usar roupas de baixo femininas. Me respeitar como Dona.
Foto real do submisso:
14) Qual dessas tarefas deixa a senhora mais satisfeita quando bem executada pelo marido servo?
Resposta: Adoro quando ele limpa a casa e eu chego cansada de passear e me divertir, enquanto ele já tomou banho e esta pronto para massagear meu pés. kk
15) Existe alguma forma de castigá-lo caso ele não corresponda à sua expectativa quanto aos serviços dele?
Resposta: Sim, tapas no rosto. Chineladas no bumbum, chicotadas e priva-lo de ficar muito próximo de mim, o que o deixa maluco. kkk
No capítulo 7, mesmo resistindo muito a essa ideia no começo, Cris acaba descobrindo que conhecer e ter prazer com outros homens pode ser uma fonte inesgotável de prazer, e aos poucos cede aos encantos do submisso Charles. Grande parte do público do blog tem a fantasia cuckold, relacionando intimamente esse fetiche com o da Castidade Masculina. A explicação usada para isso é que, se o marido está com seu pinto preso, por que não admitir a inevitabilidade de que sua esposa possa se satisfazer plenamente com outros homens, caso ela julgue isso necessário e lhe seja desejável?
16) O que a senhora tem a dizer sobre essa ideia?
Resposta: Esta idéia me assustou muito no início, porém, já conversamos bastante e isto virou um objetivo, próximo de ser realizado.
17) Caso não cogite em concretizar a fantasia cuckold, o seu marido possui esse fetiche? Se sim, a senhora o usa como forma de provocá-lo verbalmente?
Resposta: Sim, ele possuí esse fetiche. Me imaginar com outro homem, o deixa louco. Eu costumo provoca-lo durante o dia com mensagens sobre isso ou durante as sessões de BDSM, ele fica maluco. Costumo mencionar detalhes, de como o Homem de verdade vai me pegar e que eu vou força-lo a chupar o pau dele e que ele vai come-lo também, para que eu faça dele minha putinha. (delicia)
TEMA D) Um feedback a respeito do Blog:
17) Ainda aproveitando o contexto da Saga de Beto, o que a senhora mudaria ou acrescentaria no "Keyholder Spa", se a senhora fosse a Cris: contratada pelaDomme Andressa como conselheira e coordenadora desse estabelecimento tão original?
Resposta: Eu só achei muito rápida a transição "esposa" para "esposa safadinha". Acho que se fosse real, eu sairia correndo kkkkkk
18) Entre "Saga de Beto", "TCC de Laura", "Tatiana/Mônaco", de Sarah Jameson, e "Maior, Mais Duro, Melhor" de Katie Cramer", qual desses romances caiu melhor no seu gosto? Por quê?
Resposta: Eu não terminei de ler todos, mas entre os que eu li, a Saga do Beto me interessou mais, devido as semelhanças no inicio do romance.
19) A senhora acha o blog atrativo para a maioria das mulheres? Por quê?
Resposta: Acho que sim, porém, poucas assumiriam isso.
20) O que a senhora mudaria no Blog, para tornar ele só seu?
Resposta: Eu particularmente, não mudaria nada. Acho que ele esta ótimo como esta. Muito obrigada.
E assim, terminou essa preciosa entrevista com Rainha Soberana. E para completar, em uma conversa hoje mais cedo, no grupo whatsapp, ela nos presenteou com um audio que pode ser bem revelador para mulheres e homens que estão em dúvida quanto a viver essa realidade, por causa dos tabus e pressões sociais.
Por razões de correr risco de ter sua voz reconhecida (justamente devido ao tabu que tudo isso gera) Rainha Soberana concordou em ter seu audio transcrito aqui no blog. É uma pena, porque a voz e o sotaque dela são lindos. Fora que nitidamente, está ofegante devido a uma recente crise grave de asma. Apesar dessa dificuldade, se esforçou para falar e resumir tudo o que viveu, pra compartilhar com todos nós.
Lá vai o texto:
Obs: meus complementos estão sempre entre [ ]:
"Esses dias um sub [ela e seu marido conversam e ajudam outros casais] falou que nós éramos assim...rsrs... pessoas diferentes pra ele, que ele achava que nós éramos "demais". Aí o meu escravo [Junior] até perguntou aqui: 'Nós éramos pessoas normais né?' E... o que eu queria passar para vocês é isso: que nós somos..<tosse>... desculpa, nós somos extremamente normais. Nós somos pessoas casadas que nos propusemos a viver no modo de vida BDSM. E estamos felizes com isso... Mas nós somos tão normais, que nós temos as limitações dos seres humanos normais... esse...<ofegante> sub estava me cobrando as sessões, perguntando se eu tinha feito, e tal ...<ofegante> eu to com uma crise de asma insuportável, desde quinta feira que eu estou super ruim, não saio do hospital. Então assim, <ofegante> é pra dizer pra vocês que nós somos normais! Éééé.... não existe "anormalidade" na nossa vida. Nós somos casados, temos filhos... apenas temos um estilo de vida... ééé... diferente...que nos deixa felizes, que como eu disse na entrevista, a princípio foi complicado de entender rsrs... mas que hoje eu sou muito feliz, por ter... esse escravo na minha vida... por ter me apresentado ao BDSM <ofegante>... e por estar <ofegante> tão bem assim, nosso relacionamento mudou completamente <ofegante> e esse blog do Squal me ajudou muito...e... tem me ajudado muito...esse grupo [whatsapp do CMC] tem me ajudado muito, a gente tem dividido muitas ideias, tem compartilhado muita coisa... isso tem feito só bem...pra gente...então... é...<ofegante> eu agradeço a todos mesmo. Muito obrigado, principalmente à Atena [Dama Atena - Adm do grupo] e ao Squal. Beijos a todos!"
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