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"Aquela Conversa" - Introdução e Capítulo 1

INTRODUÇÃO


            Eu não aguentei. Depois de anos mantendo tudo no maior segredo, decidi compartilhar a minha história com o Brasil! Com o mundo todo, daí! É algo tão real, e ao mesmo tempo tão surreal, que eu tive que publicar!! Chamei esse relato (não ouso chamar de livro, pois é meio curto pra isso) de “Aquela Conversa”, justamente porque toda a história se desenrolou em uma conversa de bar entre duas amigas. Mas como é meio extensa pra ser considerado só um mero relato, dividi em alguns ‘capitulozinhos’ pra organizar melhor. Aproveito para agradecer minha amiga Bia por ter me ajudado bastante a lembrar de tudo o que a gente conversou naquela noite, do jeito como foi, para deixar esse relato o mais rico em detalhes possível, daí.
Imagine uma cena: sexta-feira à noite, sentadas em uma mesa dentro do bar em Curitiba, mais precisamente na Vicente Machado, chamado WHATAFUCK. Eu sei, eu sei. O nome do bar é sugestivo mesmo. Mas não é isso que vocês estão pensando não, o lugar é sério, serve um ótimo hamburger vegetariano, só que tem um nome criativo. Eu disse sugestivo porque o que eu e minha amiga aprontamos nesse bar, um bar com o nome de whatafuck, foi só a primeira das muitas coincidências que estaríamos para descobrir.


Continuando a descrição da cena: nós duas com nossos respectivos maridos, só nós quatro na mesinha (o lugar é bem apertado por sinal) sentados e conversando sobre trivialidades. Até que os dois resolveram sair para fumar. Aproveitando que os dois estavam fora do bar, iniciamos uma conversa sobre nossas intimidades mais sórdidas, e gargalhando da forma mais indiscreta e escandalosa contida possível, dentro daquilo que nossas três duas tulipas de chopp permitiam. Vou direto ao assunto: essas intimidades eram justamente sobre eles. Também sobre nós duas, mas com outros homens (!). Isso mesmo que você leu. Começamos a descobrir que nós duas tínhamos permissão dos nossos maridos para usufruir de sexo com outros homens, sendo que eles respectivamente se mantinham fiéis a cada uma de nós.

Conseguiu imaginar a situação? Bom, então vamos às apresentações. Meu nome é Monique. Eu e Bianca sempre fomos amigas, desde pequenas. Sabe aquela amizade de escola? Sim, aquela que cresce junto conosco e perdura através do ensino médio, prossegue na universidade (só não escolhemos o mesmo curso), e depois de formadas, casadas, uma madrinha de casamento da outra, etc. Ainda nos vemos sempre. Somos mais que irmãs. Hoje temos 32 anos, ambas com mais de 10 anos de casadas. Nossos maridos? Bem, o meu se chama Fernando, 38 anos, administrador-chefe de uma fábrica de automóveis que fica onde moramos, em São José dos Pinhais. Bia é casada com o Alan, 36 anos, advogado de uma equipe contratada para cuidar das questões jurídicas de um grande Shopping em Curitiba, mas também pega casos particulares em seu escritório. Apesar de sermos de cidades diferentes, moramos relativamente próximas (São José dos Pinhais e Curitiba são conurbadas), e sempre nos encontramos, só nós duas, ou com nossos maridos. Eu me formei em adm mas peguei um bico de secretária na mesma fábrica onde o Fernando administra, mas em outro setor. Bia se formou em educação física, e dá aula de dança em uma renomada academia em Pinhais. Modéstia parte somos bem bonitas. Eu, mais magrinha (mas com bunda, rsrs), loirinha, delicada, meu forte acho que é meu rosto, tenho os olhos grandes e os traços bem finos, graças à minha descendência polaca. Bia, um corpasso, cabelo superliso natural e negro, comprido até a cintura, morena, de deixar qualquer um babando, mas também com o rosto muito bonito, olhos cor de caramelo. Quando íamos à praia juntas, modéstia parte, os homens não sabiam para qual de nós duas olhar mais.



Meu namoro com Fernando começou primeiro, mas um ano depois, Bia conheceu Alan e também firmaram compromisso. Nos casamos com 8 meses de diferença, sendo que eu casei com Fernando em abril de 2005 e Bia casou em dezembro do mesmo ano. Nenhuma das duas ainda tivemos filhos com nossos respectivos amores, apesar de nós duas já termos compartilhado uma com a outra que desejamos muito ter filhos no futuro, mas nenhuma de nós tem pressa, e eu vou explicar o porquê adiante.


CAPÍTULO 1 – COMO TUDO COMEÇOU COMIGO


Desde uns quatro anos de casada, Fernando vem me cantando com uma ideia bem, digamos... fora daquilo que se espera de um marido “normal”. Começou com uma historinha assim: que sente muito ciúme de mim, mas que não achava tão errado que eu me divertisse sozinha de vez em quando, com minhas amigas. Fernando sabe do meu passado, que quando era solteira adorava fazer uns passeios casuais em volta do lago Barigui, curtir noites no TAJ e no James Bar. Isso me rendia altas paqueras e, não raramente, um gato pra curtir uma aventura. Bia estava sempre comigo e também descolava sua caça até com mais sucesso que eu.
Então, ele começou com esse papo de “eu sei que você curtia sair, conhecer gente nova, e tal, será que você ainda não gosta?” Comecei a achar estranho, e desconfiar de que estivesse me empurrando um blefe para poder sair também, claro, é a primeira coisa que vem na cabeça de uma mulher. Achei loucura, pois Fernando sempre se mostrou tão sério... enfim. Mas aquele papo estava me deixando tanto perplexa quanto um pouco excitada. Pasmem: o meu próprio marido estava me reativando memórias que aprendi a deixar no cofre.
Ora, eu era uma mulher casada, tinha a consciência que vivi e curti o que pude da solterisse, e que há onze anos, decidi sossegar e juntar os trapos com o homem que amo. Desde que juntamos as escovas de dente, nunca sequer imaginei uma situação em que eu estivesse traindo o Fernando. Ele só teve umas duas namoradas antes de mim. Ainda por cima a Dona Analúcia, minha sogra, me contou uma vez que fui eu quem tirei a virgindade dele, quando ainda namorávamos. Então, comecei a acreditar que pudesse haver alguma pureza nas intenções dele, quando vinha com esse papo sobre eu sair pra me divertir, daí. Por outro lado, ele podia estar querendo viver aventuras de que pudesse ter se reprimido por causa da timidez, sei lá. Só sei que a minha desconfiança não diminuía. Não falei disso com ninguém, nem com minha mãe, nem com a Bia. Mas aquilo me deixava bastante tensa. Não sei porque ficava tão tensa, se o Fernando nem insistia muito nesse assunto, comecei a pensar que estava preocupada à toa com isso tudo.
Justamente pelo Fernando não ficar dizendo isso toda hora, o assunto me intrigava ainda mais. Até que não aguentei e resolvi fazer um teste. Bolei uma espécie de interrogatório. Pensei em como deixá-lo sem saída com minhas perguntas, e esperei o momento certo para abordá-lo. Deitados juntos, à noite, antes que o sono nos fizesse desabar, abracei Fernando, só de calcinha, e lhe sussurrei no ouvido:
“Sabe aquelas duas vezes que você me disse que não se importava se eu saísse sozinha, ou com minhas amigas, pra me divertir?”
Terminei de perguntar e fiquei atenta às reações dele, com a ajuda da penumbra que o abajour projetava no teto. Ele ficou silente por uns 5 segundos e disse:
“Lembro. O que é que tem?”
“Eu estava pensando, eu acho que gostaria sim de sair, sabe, relembrar meus tempos de faculdade. Já que você disse não se importar, comecei a sentir falta.”
Não pude evitar perceber que ele se empolgou discretamente com minha declaração. Senti o pau dele inchar dentro da cueca, pressionado contra minha coxa, que sutil e estrategicamente fui enfiando entre as pernas dele.
“Então, Fe, você... deixa eu sair então?”
Ele hesitou uns segundos e respondeu:
“Eu fico preocupado com você, assim, se for sozinha. Prefiro que vá com algumas amigas que você tiver. Sendo assim, sem problema.”
Percebi que a respiração dele estava levemente alterada. Típica de quando o Fernando começa a ficar excitado. E interrompia a fala para engolir saliva mais do que de costume. Depois de tanto tempo casada, a gente conhece esses detalhes sobre o corpo do amado.
“Mas e se, nessa minha saída, algum rapaz chegar perto de mim, com intenções de me conhecer? Você não se importa?”
Comecei a fechar o cerco.
“Sim, me importo. Mas é difícil explicar, sabe. É complicado. Eu sinto ciúme em imaginar um cara assim conquistando você. Mas ao mesmo tempo, é... Não, eu fico muito envergonhado e com medo de dizer o que eu sinto, de como você vai entender.”
Ah, maridos, nunca falem assim com suas mulheres, a não ser que já queiram de antemão contar alguma coisa, daí. Pois vamos arrancar cada palavra, nem que tenhamos que torturar vocês! E foi isso que eu fiz com Fernando.
“Mas como assim, ‘complicado’? O que é exatamente? Você quer sair também? É isso? É uma estratégia? Quer me deixar sair pra poder se divertir também e ficarmos ‘quites’?”. Cheque-mate.
“Não, amor! Pelo amor de Deus, não é isso, longe de mim. Você sabe que eu nunca fui de sair, de azarar, essas coisas. Você é a única mulher que eu me relacionei em toda a minha vida. É... diferente, é algo que... nem eu sei porque sinto.”
Eu não imaginava uma resposta para minha próxima pergunta, mas eu precisava ouvir dele o que era. Eu não podia dormir antes de saber de tudo, de espremer até o último caldo do que ele escondia de mim.
“Tá, então me diz, por que diabos um marido iria querer ficar quieto em casa, todo fiel, com sua esposa saindo sem ele, só com as amigas, na noite, para se divertir, e correndo o risco de conhecer outros caras? Em troca de quê? Isso é loucura!”
Então, ele não viu alternativa a não ser confessar:
“Eu sei é loucura...eu tenho um fetiche. Uma fantasia sexual. É isso...”
Fiquei muda. Ele pausou por uns 10 segundos e voltou a falar.
“Eu fico com tesão em imaginar você flertando, beijando e até transando com outros homens. Pronto falei.” Disse tudo em um único fôlego, como se quisesse sentir por menos tempo a vergonha da confissão absurda que ele acabava de fazer. Fiquei pálida, congelada, muda. Ele também ficou calado. Ficamos em silêncio uns 5 minutos, enquanto pensei e bolei a próxima pergunta do interrogatório, ainda não acreditando muito na total veracidade da confissão dele:
“Mas, amor, tem certeza que isso não é uma forma de diminuir a culpa de você também querer sair e conhecer outras mulheres? Você não está tentando me convencer a praticar troca de casais?”
“Não, Monique! Meu desejo é ficar fiel a você sempre.”
 “Mas como pode isso? Você aceitar que somente eu saia com outro cara, e você ter que se manter fiel?”
“Ai, Monique, eu sei, é estranho, mas meu tesão é justamente esse, sabe? É um negócio meio masoquista, sei lá, mas minha fantasia é ver você satisfeita sexualmente com outros homens enquanto eu permaneço totalmente fiel a você, mas que você continue casada comigo e sentindo amor por mim.” 


Aquela declaração me chocou, confesso. O pau dele estava duro como rocha. Na voz dele eu podia sentir medo, mas também muito tesão. Eu posso dizer que cheguei a sentir pena dele, ao passar a acreditar que ele estava sendo sincero em tudo aquilo. Ao mesmo tempo, lá no fundo, aquilo acendeu algo há muito tempo adormecido. Mas abafei. A culpa berrava mais alto nessa disputa interior.
“Puxa, amor. Eu estou pasma com isso. Chega a assustar. Mas uma coisa eu tenho que confessar. Você tem coragem de me contar isso tudo. Não consigo imaginar um homem que tivesse esse segredo fosse capaz de contar à mulher.”
“Eu sei. Sei que dificilmente você aceitaria ser minha... hotwife.
“Hot... o quê?”
“Hotwife. Mais ou menos como “esposa do corno”, mal traduzindo. É a mulher que usufrui de quanto sexo deseja e com quem deseja, mas mantém seu marido como seu amparo sempre fiel e amoroso.”
“Nossa.... essa é nova. Fe, eu não sei se consigo digerir isso assim, de supetão. Não sei nem o que te dizer. Tô pasma.”
“Eu sei, minha linda. Eu sei. É muito incomum e fora de qualquer padrão. Mas foi bom você ter me colocado assim na parede. Eu queria te confessar isso já faz mais de um ano. Agora eu sei que sempre tive essa inclinação, desde adolescente, mas eu não imaginava o que era, nunca consegui entender quando tinha tesão em ver a garota que eu gostava namorando um garoto de outra sala. Até que eu descobri ano passado o que cresceu junto comigo. Trata-se de um fetiche chamado Cuckold, que em Português seria algo como “Corno manso”. É uma prática diferente do swing, em que o casal troca de parceiro. No caso do cuckold, só a mulher pode usufruir de vários parceiros, enquanto o marido se mantém fiel e provendo toda segurança, sustento e amor à sua amada.”
Eu mal pude dormir aquela noite. Disse que tinha entendido e que ia pensar no caso. Mas várias dúvidas me atormentavam o sono. Será que ele tinha algum desequilíbrio psicológico, um trauma? Será que não gostava tanto de mim? Será que era gay? Não, gay, não acho que era, pois tinha um enorme tesão em mim. Diferente desses homens que casam só de fachada. Mas entre uma dúvida e outra, não pude evitar que as memórias dos meus casos do passado me trouxessem um fluxo lento e contínuo de excitação entre minhas pernas, ao ponto de escorrer pelas minha virilhas.
Aquela excitação estava me fazendo sentir culpada. Mas depois daquela noite, passaram-se algumas semanas e Fernando percebeu. Aos poucos, foi me deixando segura de que a intenção dele era realmente me ver feliz. Com suas atitudes, ele foi conseguindo me deixar solidamente segura de que ele não pretendia usufruir da contrapartida. Depois de uns dois meses nesse processo, ele conseguiu me mostrar um Fernando diferente. Eu comecei a vê-lo mais como um companheiro amoroso, seguro, presente. Um amigo inseparável, que eu amava profundamente, e jamais queria deixar. Eu percebi que estava ainda mais ligada a ele, do ponto de vista afetivo. Quanto ao tesão por ele, sentia mais como uma atração afetiva do que como atração sexual. Nosso sexo era cada vez mais carinhoso e calminho, enquanto grande parte da minha libido passou a se voltar para os pensamentos em garanhões cafajestes que conheci na época de solteira. E eu descobri, mais tarde, que tudo aquilo era um processo que o próprio Fernando planejou e aplicou direitinho comigo.

Deu certo. Logo teríamos nossas primeiras experiências cuckolding. Depois disso, eu estava conseguindo ligar outras coisas, e entendendo melhor. Fernando adorava que eu usasse roupas apertadas e biquinis pequenos. Aquilo me intrigava um pouco, mas não cheguei a desconfiar de nada. Eu simplesmente ouvia, tomava como um elogio, e mantinha minhas roupas mais comportadas. Agora está tudo claro. Ele gostava era que eu exibisse meu corpo ao máximo, para que outros homens apreciassem. Então, aos poucos meu guarda-roupa por uma sensível mudança. E ele estava adorando isso.



          Eu sei, talvez você já deve saber tudo sobre esse estilo de relação, quando a mulher tem a primazia do prazer variado, enquanto o marido permanece fiel. Talvez não seja novidade pra você. Mas eu sei que você não sabe o que a Bia e o Alan têm a ver com tudo isso. Eles entraram nesse balaio de uma forma que eu nem podia imaginar. Tudo se resume àquela noite, no Whatafuck. Lembra? O barzinho que citei no início dessa história toda. Foi ali onde tudo se convergiu, de repente, sem volta. Não dá para “des-contar” o que foi contado.


CAPÍTULO 2



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